sábado, 10 de abril de 2010

Entrevista com o VJ Gambit


Nome: Júlio César Zambiazi

Cidade: Caxias do Sul

Idade: 27 anos


Estilo: Imagens abstratas, mashups de cenários urbanos e formas geométricas, distorções de cores e intervenções textuais


Myspace:
Imagens: http://www.videopong.net/user/235/VJ+Gambit http://www.youtube.com/vjgambit
http://www.vjgambit.com


Twitter: @vjgambit


Projeto A.C.M.E: Como e quando começou o seu contato com a música e o que levou você a ser VJ?


VJ Gambit: Meu contato com a música, no caso a eletrônica, veio em 1989, quando eu ganhei um fita do Technotronic.
Na época eu não entendi o que era aquela batida, mas gostei… também, com 7 anos de idade era pedir muito… Muito tempo depois passei a freqüentar festas e ouvir caras como Rocha Netto, Jamur Bettoni e Danna. Foi nessa onda que eu conheci um núcleo chamado Eletrosoundz, que era praticamente uma guerrilha de resistência de ritmos que eram nada conhecidos em Caxias. Drum n Bass, Hard Techno e Minimal House… umas festas bem alternativas até pro conceito atual, quase uma Squat Party em pleno centro de Caxias… Ai passei a pesquisar sobre as festas em Porto Alegre, e festas como a Smoove e a Supply passaram a trazer VJs pra Caxias… A semente tava plantada. Encontrei o Jamur numa sexta-feira de Caminho Aventura e abri a idéia… rolou um DJs do Bem e Jamur e Ivo me liberaram pra carregar o PC de mesa pra lá… uma semana depois eu estava no palco do Quinta fazendo a Woodstronic num misto de House, Psy e Techno… daí pra diante foi corredeira abaixo entrando nessa cachaça que é a noite...

Projeto A.C.M.E: O que você pensa quando fala de música eletrônica e o que ela representa para você?


VJ Gambit: Um estilo de vida e hoje em dia a chave que abriu as portas pra tudo que eu conquistei.
Mas além de tudo é uma cultura que deve ser tratada com respeito.

Projeto A.C.M.E: Qual sua opinião sobre a cena eletrônica no Estado?


VJ Gambit: Tem seus altos e baixos… Já teve o bom do House, o do Psy e até o do Techno…
Hoje em dia está muito mais fácil criar um cena, mas muito mais difícil manter uma… os êxitos locais são vistos por todos, assim como os erros… faltava até o ano passado um club de grande porte, a Save abriu as portas pra isso… a gora falta apenas uma coisa pra dita cena explodir, uma divulgação positiva de grandes evento na mídia de massa… Twitter informa, Orkut divulga, mas nenhum deles forma opinião… e a massa precisa de formador de opinião pra seguir...

Projeto A.C.M.E:Você tem algum projeto focado para a nossa Cultura?


VJ Gambit: Já formei projetos, já entrei como convidado em outros, já promovi e produzi festas,
mas hoje em dia faço minha parte apenas como "funcionário"… como disse um grande amigo esses dias: "todo mundo faz projeto, mas executar que é bom é mais difícil"...

Projeto A.C.M.E: Qual sua expectativa para a Cultura Eletrônica do estado para 2010 ?

VJ Gambit: Só posso esperar um crescimento. Um estado onde atrações gringas fazem parte do cotidiano só tende a crescer.

Projeto A.C.M.E: Para você aonde é que tem a cena mais conceitual do RS?


VJ Gambit: Todos falam em Passo Fundo, mas conceito é relativo, vou ser bairrista e dizer que Caxias está fazendo um
trabalho de primeira.

Projeto A.C.M.E: Defina Gambit como VJ?

VJ Gambit: Um pioneiro que precisou dar muito chute em porta pra essa galera que está ai hoje poder
assumir os visuais na serra…

Projeto A.C.M.E: Na sua opinião qual a importancia das imagens numa festa de Música Eletrônica,
e o que você busca transmitir através delas?

VJ Gambit: Tanto as imagens quanto a luz são um ponto fundamental na festa. Ninguém passa a festa de olhos fechados,
os sentidos estão ali para serem usados. Além disso a ambientarão visual agrega uma força enorme na resposta do público… uma imagem, um texto, um ângulo de câmera usado na hora certa faz a galera explodir junto com o grave e o strobo...

Projeto A.C.M.E: Deixe sua mensagem para todos aqueles que buscam conquistar seu espaço na Cena Gaúcha.


VJ Gambit: VJs, DJs, LJs, Lives, isso vai pra todos que estão começando… o trabalho da gente não feito de Notebooks,
controladoras e traktors… é feito de estudo, conhecimento e principalmente de valorização do trabalho feito… trabalhar por dez real e uma ceva te queima e queima o mercado… se todos valorizassem o seu trabalho seria mais fácil pra novatos e veteranos… e no mais, a internet está ai não só pra puxar trcks e loops, mas pra subir sets, trabalhos autorais e demos…

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